Ter processos estruturados que gerem valor ao negócio através da inovação é um passo indispensável para qualquer empresa que inicie essa jornada. E, pensando em auxiliá-las a desenvolverem uma gestão eficaz nesse sentido, a ISO 56010 é um pilar estratégico a ser seguido.
Seu documento, de forma geral, fornece descrições, contexto e exemplos de conceitos selecionados de gestão da inovação definidos na ISO 56000, considerados como termos essenciais para que os empreendimentos obtenham os resultados esperados ao implementarem planos inovadores.
Porém, ao invés de explicar ‘como inovar’, a ISO 56010 traz explicações aprofundadas a respeito das linguagens e terminologias que precisam ser devidamente compreendidas no estabelecimento de uma gestão da inovação assertiva.
Isso porque não existe uma receita de bolo para inovar. A própria ISO de Inovação estabelece que este processo pode ser implementado em um produto, serviço, método, ou em uma combinação de mais de um deles, desde que sigam a premissa maior de gerar algum tipo de valor ao negócio.
Pensando nisso, os conceitos abordados neste documento servirão de orientação para todas as organizações que implementam um sistema de gestão da inovação ou realizam avaliações de gestão da inovação, e que precisam melhorar estes resultados a fim de assegurarem sua prosperidade e potencial competitivo.
Para que seu negócio também não fique de fora, preparamos este texto com tudo o que você precisa saber sobre este tema. Veja os tópicos que serão abordados:
Boa leitura.
O que é a ISO 56010?
A ISO 56010 é um rascunho técnico que apresenta exemplos ilustrativos dos conceitos definidos na ISO 56000, com foco na gestão da inovação.
Seu objetivo é explicar, de forma simples e com exemplos fictícios, os conceitos essenciais relacionados à gestão da inovação, incluindo o que é inovação, as atividades e processos de inovação, e sistemas de gestão de inovação.
O documento, contudo, não representa um guia de “como fazer”, mas busca facilitar a compreensão e comunicação destes termos e conceitos para que sejam adaptados e implementados conforme as necessidades e objetivos de cada empresa.
Até porque a própria ISO de Inovação estabelece que não existe uma receita de bolo para inovar. Ideias brilhantes podem surgir de diversas fontes e serem aplicadas em muitas possibilidades, como nos processos, métodos, produtos, serviços, ou a combinação de mais de um deles.
O que importa, no final, é que as empresas tenham uma percepção nítida de geração de valor às suas operações. Algo que, quando parte de um entendimento profundo a respeito dos principais conceitos de inovação, pode ser estruturado de uma maneira mais estruturada, a fim de potencializar esses resultados.
Principais conceitos da ISO 56010
A ISO 56010, em seu texto, destaca os principais conceitos relacionados à gestão da inovação e oferece exemplos fictícios para facilitar a compreensão. Veja abaixo os principais tópicos abordados:
Inovação
A inovação, de forma bem direta, é todo resultado que agrega valor ao negócio, podendo ser um produto, serviço, processo, modelo ou método.
Ela pode envolver criar, transformar ou implementar novas ideias em algum desses sentidos acima, com o objetivo de resolver problemas, melhorar processos ou atender a novas necessidades.
Tudo isso, desde que traga algum retorno positivo para a empresa, seja através de um aumento de faturamento, melhoria em um processo produtivo, a redução de custos, lançamento de um novo produto, maior fidelização de clientes, dentre tantos outros resultados.
A ISO 56010 também abrange os fatores que determinam sua relevância, incluindo valor, novidade/mudança e impacto.
Atividades de inovação
São ações que contribuem para a geração de inovações, desde pesquisas até prototipagem e comercialização.
Em outras palavras, representam os esforços corporativos em conquistar essas melhorias e resultados esperados através da inovação, cuja estratégia e quantidade de pessoas envolvidas irá depender do planejamento traçado por cada negócio.
Processos de inovação
Estes processos, para a ISO 56010, são compostos por sequências de atividades voltadas para gerar inovação, caracterizados pela flexibilidade, experimentação e tolerância ao erro.
Isso porque, até hoje, o erro é um dos maiores medos de todo o negócio, encarado como algo extremamente ruim e condenado quando ocorrido, valorizando apenas as decisões que dão certo.
Errar, contudo, é natural do ser humano, e não deve ser visto como algo 100% negativo. Um verdadeiro ambiente inovador é aquele que enxerga a falha como algo natural e capaz de gerar oportunidades de melhoria dentro das empresas.
Uma organização que condena o erro apenas engessará os processos internos e impedirá a adoção de novas estratégias que contribuam para seu crescimento, enquanto aquela que incentiva a experimentação e apoia seus times, como defende a ISO 56010, terá mais chances de transformar ideias brilhantes em geração de valor.
Gestão da inovação
É o processo de estruturar, planejar e executar as atividades/processos para alcançar as inovações desejadas, reduzindo riscos, promovendo a máxima cooperação entre os responsáveis e integração com a visão estratégica da empresa.
Essa estrutura sistêmica da gestão da inovação permite que as ideias sejam melhor organizadas e as materializa de forma que gerem valor ao negócio, tendo maior segurança nas sugestões que forem testadas e tendo um melhor direcionamento dos esforços dos times nesse sentido.
Sistemas de gestão da inovação
A ISO 56010 inclui no conceito de sistemas de gestão da inovação todas as políticas, estratégias e processos que ajudam as organizações a atingirem seus objetivos de inovação com maior previsibilidade e otimização.
Existem muitas metodologias disponíveis no mercado voltadas a esse sentido, fornecendo diretrizes, práticas e técnicas capazes de aumentar a efetividade dos projetos de inovação instaurados nas estratégias corporativas.
Com estes sistemas, será possível identificar gargalos prejudiciais ao sucesso da inovação, mitigá-los e instaurar medidas corretivas que tragam uma maior eficiência interna.
Estudos de caso
Além de todas essas explicações, a ISO 56010 também traz exemplos fictícios de como diferentes organizações inovaram em produtos, processos, serviços e no setor público, demonstrando como suas ações criaram valor, trouxeram mudanças e impactaram a sociedade.
Esses estudos de caso servem de inspiração para demonstrar como qualquer empresa, independente de seu porte ou segmento, pode conquistar excelentes resultados inovadores nesta jornada, prezando sempre pela geração de valor e compreensão dos principais conceitos relacionados a este processo que as orientem nos melhores planejamentos.
Principais formas de inovar, segundo a ISO 56010;
A ISO 56010 apresenta três formas principais de inovação, cada uma com características distintas. São elas: a inovação incremental, radical e disruptiva.
Essas formas são avaliadas com base em três dimensões: valor gerado, mudança/novidade introduzida, e impacto causado, seja para indivíduos, empresas ou a sociedade em geral.
Preparamos abaixo um breve resumo sobre as aplicações e benefícios de cada uma delas abaixo, confira:
Inovação incremental
Este primeiro tipo de inovação é voltada à realização de pequenas melhorias ou ajustes em produtos, serviços ou processos já existentes na empresa, gerando valor ao aprimorar o que já é visto internamente, sem grandes mudanças.
Normalmente, essas melhorias da inovação incremental são aplicadas em áreas pontuais ou necessidades específicas, como atualizações de software ou aperfeiçoamento nas embalagens de produtos, por exemplo.
Seu custo de implementação costuma ser menor em relação às demais estratégias, além de oferecer um risco relativamente baixo à organização, contribuindo para que o valor da marca cresça gradativamente e mantenha sua competitividade mais estável no mercado.
Inovação radical ou de ruptura
Já a inovação radical, por sua vez, apresenta uma proposta completamente diferente da incremental. Aqui, a ideia é promover mudanças significativas ou criações totalmente novas dentro da empresa, rompendo com métodos anteriores.
Ela explora novos horizontes de mercado, gerando uma verdadeira transformação interna que impactará profundamente o mercado ao introduzir soluções inovadoras. Um exemplo clássico seria o desenvolvimento de carros elétricos pela Tesla, que alterou significativamente o setor automobilístico.
Essas características acabam fazendo com que a inovação radical exija um maior investimento por parte das empresas, além de um tempo mais extenso para sua implementação definitiva.
Porém, há grandes chances de gerar um forte impacto no mercado, junto a uma enorme capacidade de desenvolver renovações e reinvenções na organização
Inovação disruptiva
Por fim, a inovação disruptiva foca em atender necessidades menos exigentes com soluções mais simples e eficientes, geralmente desafiando as ofertas tradicionais.
Ela se destina a transformar ou substituir um produto, serviço ou tecnologia ofertado pela empresa, por uma solução mais inovadora e superior, por um custo menor, em prol de uma maior produtividade e satisfação do consumidor final.
O modelo de negócios da Netflix é um ótimo exemplo de inovação disruptiva, que substituiu locadoras físicas e revolucionou o mercado de entretenimento ao permitir que seus clientes pudessem consumir filmes, séries, desenhos, documentários e muitos outros conteúdos do ramo no conforto de suas casas.
Como construir uma boa gestão da inovação, segundo a ISO 56010?
A construção de uma boa gestão da inovação, segundo a ISO 56010, envolve a definição e o planejamento estratégico das atividades de inovação, além de sua integração e execução visando reduzir riscos e remover barreiras para iniciativas e inovadores, promovendo, com isso, uma maior geração de valor ao negócio.
Para auxiliá-las nessa missão, confira abaixo alguns elementos-chave expostos neste documento que elevarão sua efetividade:
Invista na liderança
Manter os times motivados e engajados nesta causa é uma das bases mais importantes para fortalecer seu desempenho e incentivar a colaboração e troca de ideias inovadoras que possam ser testadas e implementadas.
Segundo a ISO 56010, essa é uma responsabilidade direta que deve ser promovida por uma liderança inovadora, a qual promoverá uma cultura organizacional favorável à inovação e o estabelecimento de uma visão e estratégia voltadas a esses objetivos.
Com isso, este profissional exercerá o papel de facilitador para o crescimento corporativo, atuando como guia para transformar ideias em realidade, mantendo a maior autonomia possível dos times, assim como a prevalência de uma cultura do erro internamente.
Entenda as necessidades básicas da sua empresa
Antes de adotar qualquer estratégia, a ISO 56010 defende a importância de mapear os processos internos e ter uma compreensão aprofundada sobre as necessidades básicas de cada empresa – sejam elas explícitas, implícitas ou emergentes – assim como onde desejam chegar através da inovação.
Identificar essas expectativas é crucial para orientar os esforços das equipes nas atividades que serão implementadas, mantendo todos alinhados frente aos mesmos objetivos esperados.
Tenha uma estratégia organizacional
As atividades de inovação que forem elaboradas precisam estar alinhadas com a direção estratégica da organização, fomentando a máxima colaboração e cooperação entre todos ao longo dessa jornada.
Isso contribuirá para identificar se este planejamento está atingindo os objetivos esperados ou se há a necessidade de realizar algum ajuste, através de um monitoramento contínuo de tudo que for colocado em prática.
Adaptação às incertezas
Uma boa gestão da inovação, segundo a ISO 56010, deve ser desenvolvida assegurando que a empresa consiga permanecer trabalhando em ambientes incertos, criando condições propícias para iniciativas inovadoras mesmo diante desses cenários.
Afinal, situações inesperadas, sejam elas externas ou internas, podem impactar qualquer negócio a todo o momento, o que exige que construam processos eficazes que impeçam danos maiores às suas operações e que continuem seus processos sem perdas.
Crie políticas de fomento à inovação
Criar políticas internas de fomento à inovação é outro ponto que a ISO 56010 defende como extremamente favorável para auxiliar na gestão da inovação.
Isso porque, quando a inovação faz parte da cultura da empresa e é disseminada nas equipes, cria-se um ambiente mais engajado e propício para a troca de ideias e a realização de testes que encontrem estratégias eficazes para seu crescimento.
É muito comum que algumas empresas, nesse sentido, ofereçam prêmios ou bônus aos profissionais que mais colaborarem com sugestões que podem ser aplicadas, como forma de estimular ainda mais essa participação e interesse em conquistar resultados excelentes.
Conte com o apoio de uma consultoria especializada
Além de compreender os significados de cada conceito exposto pela ISO 56010, é necessário ter estratégia em como levá-los a um planejamento eficaz que gere valor à empresa e impulsione seu crescimento sustentável frente aos concorrentes.
Aquelas que, nesse sentido, recorrerem ao apoio de uma consultoria especializada no ramo para orientá-las no melhor caminho, certamente terão muito mais segurança e assertividade em sua trajetória inovadora.
Com esse time de especialistas ao lado, será possível levar todos estes termos da ISO 56010 para a realidade do seu negócio, identificando como fortalecer sua cultura inovadora e gerar valor conforme as necessidades básicas que precisam ser supridas.
Aqui na PALAS, como exemplo, temos uma metodologia própria destinada a facilitar a condução das estratégias de inovação internamente. Nosso time levanta todas as iniciativas inovadoras já existentes, identifica possíveis gargalos e traça diretrizes que possam alavancar a conquista dos resultados esperados, com base nos pilares da ISO de Inovação.
Descubra como podemos ajudar sua empresa a seguir os ideais da ISO 56010 e destravar seu potencial inovador em nosso site!
Conclusão
O sistema de gestão da inovação é composto por políticas, estratégias, objetivos e processos que afetam a capacidade de uma organização em atingir suas metas de inovação.
Ele incorpora a cultura da inovação, liderança, suporte, operações, planejamento, avaliação de desempenho e mecanismos de melhoria que, juntos, reforçarão a base necessária para impulsionar o negócio em seu segmento.
Todos esses conceitos, explicados pela ISO 56010, precisam ser devidamente compreendidos antes da adoção de qualquer estratégia, para que as empresas consigam ter uma maior clareza sobre sua maturidade inovadora e quais passos seguir para alavancar este potencial internamente.
Um processo delicado que, se for orientado por uma consultoria especializada, terá chances ainda maiores de atingir resultados excelentes.
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