ISO de Inovação: como ela potencializa o uso de dados abertos nas empresas?

dados abertos

Transformar dados abertos em valor agregado é uma tarefa crucial para toda empresa que queira se destacar em um mercado altamente conectado e competitivo – mas, que não precisa ser um empecilho enfrentado, se souberem contar com a orientação de metodologias eficientes que as auxiliem nessa trajetória, como é o caso da ISO de Inovação.

Ao invés de organizarem seu planejamento apenas com base nas informações internas, analisar os dados abertos (Open Data) ajuda com que tenham uma visão bem mais abrangente a respeito do contexto do mercado, tendências e setores em crescimento.

Quando bem coletados, estudados e integrados nos processos de P&D, podem se tornar um verdadeiro motor da inovação corporativa, construindo um ecossistema mais robusto e estruturado que forneça uma base sustentável para a adoção dessas estratégias.

É justamente aqui que entra a ISO de Inovação, a qual fornece as diretrizes que orientem as empresas nos melhores caminhos a serem seguidos, conforme suas necessidades e objetivos.

Ela estrutura as organizações para que consigam, de fato, inovar. A ter um modelo de governança alinhado às metas corporativas, de forma que consigam usar, estrategicamente, os dados abertos, com foco na realização de valor.

Quer alavancar o poder competitivo da sua empresa com o apoio dessa metodologia? Então nos acompanhe ao longo deste texto e descubra como! Veja os tópicos que serão abordados:

     

    Boa leitura.

    Dados abertos: o que são e qual sua importância para a inovação?

    Os dados abertos englobam um conjunto de informações públicas, ou seja, abertamente disponíveis para que sejam acessados por qualquer pessoa ou organização.

     

    Eles não possuem grandes restrições quanto ao seu uso, exigindo apenas a atribuição autoral quando citado. De resto, podem ser reutilizados e redistribuídos, possuindo as seguintes características:

     

    • Acessibilidade: publicados em locais públicos e com acesso direto;
    • Legíveis por máquina: não podem ser entregues em formato PDF ou imagens, apenas em formatos estruturados como CSV, JSON e XML;
    • Licença aberta: é autorizado seu reuso e redistribuição, citando o autor;
    • Reutilizáveis: mantém sua qualidade e documentação de forma que agregue valor a quem for utilizá-lo.

     

    Muito além de serem fundamentais para a transparência governamental, os dados abertos são poderosos catalisadores da inovação corporativa, reduzindo barreiras e o tempo necessário para qualificar as informações e testá-las em produtos ou serviços.

     

    Na prática, ter em mãos dados abertos sobre políticas públicas, regulamentações e movimentações da economia, como exemplo, permite que as empresas tenham uma visão mais nítida sobre o contexto macro que seus dados internos não conseguem fornecer.

     

    Isso direciona as estratégias de inovação para áreas de alto potencial de retorno sobre o investimento (ROI), uma vez que irão se basear em evidências que elevem a conquista desses resultados.

     

    Todos esses benefícios são, inclusive, as grandes propostas da ISO de Inovação: conduzindo essas ações com base em um processo estruturado e mensurável que potencialize a produtividade e destaque do negócio em seu segmento.

    Como a ISO de Inovação ajuda na integração dos dados abertos no P&D?

    A ISO de Inovação fornece a estrutura e governança necessárias para a coleta, análise e aplicação de dados, de forma que gerem valor ao negócio. Com isso, conseguem se tornar insumos estratégicos, validados e acionáveis para aumentar o ROI nas pesquisas e desenvolvimento (P&D).

     

    Isso acontece, pois, essa metodologia mostra as diretrizes para que o uso de dados abertos siga as políticas e critérios internos, garantindo que sejam confiáveis, auditáveis e devidamente licenciados para reuso.

     

    As equipes de P&D, dessa forma, mitigam riscos associados à propriedade intelectual, privacidade ou uso indevido dessas informações, além de gastarem menos tempo validando fontes e conseguindo se dedicar melhor experimentando soluções que possam alavancar ainda mais a inovação empresarial.

     

    Afinal, dados abertos analisados com segurança são capazes de trazer insights sobre tendências tecnológicas, necessidades do mercado, além de permitir a simulação de diferentes cenários e validação de quais caminhos tendem a ser mais positivos para o destaque competitivo e inovador.

     

    Em sua fase de lançamento, a ISO de Inovação também defende a metrificação do desempenho de cada atividade inovadora, o que pode ser favorecido utilizando indicadores públicos retirados dos dados abertos, comprovando o valor da inovação para a empresa.

    Integração de dados abertos com indicadores de inovação

    Um dos pilares mais importantes da ISO de Inovação é a medição do desempenho de todas as atividades inovadoras implementadas, avaliando o progresso e eficiência com base na geração de valor.

     

    A única forma de obterem êxito nesse acompanhamento é através de informações confiáveis e precisas – e é justamente aqui que os dados abertos entram como uma fonte poderosa, ao trazer essas evidências externas que enriquecem as análises e tornam os indicadores internos mais precisos.

     

    Essa integração gera uma maior transparência, mensurabilidade e aprendizado contínuo para o P&D, potencializando as chances de estratégias inovadoras que tragam resultados positivos à longo prazo.

     

    Entenda melhor abaixo como isso funciona na prática:

     

    Maior taxa de sucesso dos projetos

    Esse indicador mede quantos projetos inovadores atingiram os resultados esperados, sejam eles financeiros, mercadológicos, sociais ou outros.

     

    Nesse aspecto, os dados abertos podem ajudar trazendo, justamente, informações do mercado que mostrem quais estão sendo as demandas atuais a serem supridas ou tendências despontando, de forma que as empresas sejam mais estratégicas ao direcionar seu investimento no caminho que tende a ser mais positivo.

     

    Esses insights melhoram a orientação nessa gestão, compreendendo se o problema que a inovação se propôs a resolver é real e pode, de fato, ser benéfico para todos os envolvidos, priorizando iniciativas com maior probabilidade de sucesso comprovada externamente.

     

    Tempo de desenvolvimento

    Aqui, a proposta é medir o tempo que leva desde a geração de um insight até o lançamento do produto ou serviço, ou seja, o período que a inovação leva para sair do papel até chegar ao mercado.

     

    Ao invés de a equipe de P&D gastar muito tempo realizando pesquisas de mercado, coletando e analisando grande volume de informações, os dados abertos encurtam esse processo.

     

    Eles podem revelar, como exemplo, soluções já existentes nesse sentido, histórico de movimentações ou necessidades que já sirvam de base para a simulação de cenários e identificação de qual estratégia seguir para começar a colocar o projeto inovador em prática.

     

    O time aproveita bases de dados já estruturadas que otimizam esse tempo, reduzindo retrabalhos de pesquisa e encurtando o ciclo de desenvolvimento.

     

    ROI de inovação

    Esse é um dos indicadores mais famosos utilizados e, também, um dos mais importantes, justamente por medir o valor potencial ou gerado através de um projeto de inovação. Quanto maior for esse retorno, maior o incentivo contínuo, inclusive, em P&D.

     

    Seu cálculo envolve a projeção de taxas de crescimento do setor, inflação, ou custo de insumos, por exemplo, o que pode ser facilitado e aperfeiçoado com os dados abertos, oferecendo informações oficiais e neutras para construir projeções financeiras mais realistas.

     

    As empresas podem ter acesso a informações segmentadas conforme sua estratégica, como dados de demanda e consumo, macroeconômicos, ambientais, sociais e de concorrência, de forma que as projeções de ROI sejam mais verídicas e alinhadas ao contexto externo, tornando as decisões de investimento mais assertivas.

     

    Indicadores de impacto

    O grande propósito da ISO de Inovação é sua geração de valor mensurável à empresa.

     

    Em seu planejamento, os dados abertos permitem que meçam impactos reais que podem gerar com cada ação, comprovando benefícios com evidências independentes.

     

    Nos casos de projetos voltados ao meio ambiente, como exemplo, é possível analisar dados abertos referentes a emissões, qualidade do ar e uso de recursos naturais, tendo uma maior compreensão a respeito desses cenários e, com base nisso, mostrar de que forma o projeto inovador tende a melhorar e aperfeiçoar cada um dos problemas identificados.

    Boas práticas para potencializar o uso de dados abertos na inovação

    Uma ideia brilhante, nem sempre, atingirá resultados tão bons quanto esperados. Ou seja, para que os dados abertos sejam maximizados a favor da inovação corporativa, algumas boas práticas não podem ficar de fora nesse sentido.

     

    Veja:

     

    Mapeie as lacunas internas

    Ao invés de, apenas, coletar todos os dados abertos disponíveis, a empresa deve ser cirúrgica nessa etapa.

     

    Inicialmente, mapeie e identifique as perguntas críticas que os dados corporativos não conseguem responder (ex: “Qual o impacto da mudança climática na cadeia de suprimentos?”).

     

    Essa visualização permitirá que a equipe seja mais assertiva ao buscar por informações específicas direcionadas ao projeto inovador, evitando uma sobrecarga de ativos que não farão sentido para esse objetivo.

     

    Avalie a qualidade dos dados internos

    Nem todo dado aberto é bom, ou estará totalmente atualizado e confiável.

     

    Para evitar o risco de se basear em uma informação imprecisa, é crucial avaliar a qualidade do que está sendo estudado. Alguns critérios que podem favorecer nesse sentido são: completude, atualidade, método de coleta, frequência de atualização e possíveis vieses.

     

    Esse cuidado trará insights mais sólidos e decisões mais precisas para a inovação.

     

    Fortaleça a cultura de inovação orientada por dados

    Essa trajetória apenas será realmente positiva caso seja incorporada no dia a dia de todos os profissionais, compreendendo a importância de tudo que é feito nesse sentido.

     

    Uma cultura inovadora precisa ser construída desde o início a fim de maximizar esses resultados – através de treinamentos em open data, hackathons internos, laboratórios de experimentação e demais atividades que estimulem as equipes a explorarem os dados abertos como insumo para novas ideias.

     

    Estabeleça métricas e indicadores para uso de dados abertos

    A ISO de Inovação determina que todo projeto inovador precisa ser mensurado, de forma que agregue algum tipo de valor para a empresa. Por isso, não há como deixar de lado o investimento em indicadores que acompanhem esse desenvolvimento em tempo real.

     

    Alguns dos pontos mais importantes que devem ser constantemente medidos incluem a quantidade de projetos que utilizaram dados abertos, redução de tempo no desenvolvimento, quantidade de insights gerados a partir desses dados e qual valor foi criado com essa estratégia.

     

    Atualize periodicamente as fontes de dados

    Se o mercado está em constante evolução, logo, os dados abertos também vão mudar a todo o momento. Uma informação valiosa hoje, dessa forma, amanhã pode perder completamente sentido e função.

     

    Para evitar que sua empresa tome decisões com base em informações desatualizadas, revise as fontes periodicamente, monitore atualizações automáticas e implemente alertas para mudanças na estrutura dos dados.

     

    Conte com o apoio de uma consultoria especializada

    Integrar dados abertos de forma estruturada, segura e orientada à inovação não é uma tarefa simples e pontual, mas envolve uma mudança estratégica entre processos, governança, cultura, tecnologia e conformidade.

     

    Por isso, contar com o apoio de uma consultoria especializada se torna um diferencial crítico para acelerar os resultados esperados e evitar erros que podem custar caro para a empresa.

     

    Se a sua empresa ainda não encontrou o parceiro ideal para orientá-la nessa trajetória, então venha conhecer mais sobre a PALAS!

     

    Somos especialistas na ISO de inovação e atuamos para preparar companhias de todos os portes para o futuro, unindo criatividade, processos e metodologias ágeis e flexíveis às suas necessidades. Venha saber mais sobre como podemos levar a inovação ao seu negócio em nosso site.

     

    Conclusão

    Em um panorama de negócios que exige decisões rápidas baseadas em evidências, integrar a ISO de Inovação com o enorme potencial dos dados abertos pode se tornar um combustível valioso para alavancar esse potencial internamente.

     

    Sua empresa garantirá que o investimento em P&D seja alinhado, mensurável e com riscos mitigados, baseando sua tomada de decisões em informações públicas atuais e objetivas, de forma que maximize seu impacto no mercado e geração de valor.

     

    Aquelas que querem inovar de verdade precisam aprender a usar a inteligência que já está disponível — e fazer isso de forma estratégica, resultando em conquistas que façam a diferença para que se tornem referências inovadoras.

     

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    alexandre

    Mestre em engenharia e gestão da inovação pela Universidade Federal do ABC, engenheiro mecânico e bacharel em física nuclear aplicada pela USP. Passou por empresas nacionais e multinacionais, sendo responsável por áreas de improvement, projetos e de gestão. É certificado na metodologia Six Sigma - Black Belt, PMBoK e Scrum Master. Especialista e auditor líder em sistemas de gestão de normas ISO. É membro de grupos de estudos da ABNT, incluindo riscos, qualidade,  ambiental, compliance, saúde ocupacional e inovação. Formado em pós-MBA em inovação e Master em 4ª Revolução Industrial & Emerging Technologies, é sócio-fundador da PALAS, e um dos únicos brasileiros que participou do processo de formatação da ISO de Inovação.